1. INTRODUÇÃO
O presente estudo será realizado na Escola Estadual de
Ensino Médio (EEEM) Gomes Cardim, localizada no município de Vitória – ES, com
o intuito de investigar se a plataforma de ensino da instituição (moodle) dá
suporte aos alunos e a professora da disciplina de inglês ofertada ao curso
técnico (presencial) em comércio exterior e, se necessário, irá propor novas
estratégias de ensino, ou seja, atividades que contribuam para o interesse/estímulo
dos alunos.
Ademais, como software livre o Moodle ou
Modular Object-Oriented Dynamic Learning Environment (ambiente modular de
aprendizagem dinâmica orientada a objetos) é uma plataforma de aprendizagem à
distância. Tem sido desenvolvido por uma grande comunidade de programadores em
várias partes do mundo, de forma contínua, o que possibilita um valioso suporte
aos usuários e adição de novas funcionalidades, etc.
Também conhecido como Learning Management System (Sistema
de gestão de ensino e aprendizagem), ou Course Management System (sistema de
gestão de curso), ou seja, é um softtware desenvolvido para dar suporte a
cursos presenciais, on line, com vários tipos de recursos disponíveis e de alta
qualidade.
Quanto à disciplina de Língua Inglesa é
importante ressaltar que é essencial para o curso de comércio exterior, pois é
o idioma usado na globalização, que proporciona a comunicação entre
diferentes países, a oferta de produtos e serviços no mercado internacional.
Logo, é essencial ressaltar a importância das
aulas de inglês para o contexto desse futuro profissional, que é enfatizada por
Williams e Burden (1999, p. 209),
as aulas de idiomas devem ser um espaço
onde se estimule os alunos a utilizarem o novo idioma para provar novas formas
de expressão de significados, para comunicar-se, para cometer erros sem medo,
para negociar e para aprender a aprender partindo dos sucessos e dos fracassos.
Os
Parâmetros curriculares nacionais (BRASIL, 2006, p. 109) esclarecem que
[...] os novos conhecimentos
introduzidos em determinada prática sociocultural ou determinada comunidade de
prática entrarão numa inter-relação com os conhecimentos já existentes. Nessa
inter-relação entre o “novo” e o “velho”, ambos se transformam, gerando
conhecimentos “novos”. Para que ele se torne um processo crítico e eficaz, é
importante evitar, nessa inter-relação, a mera importação do novo, sem promover
a devida interação com o velho, por meio da qual tanto o recém-importado quanto
o previamente existente se transformarão, criando algo novo.
É
essencial esclarecer que os objetivos de oferta da disciplina de Língua Inglesa
em cursos técnicos profissionalizantes são diferentes da modalidade do ensino
regular e do curso de idiomas, logo o tipo de vocabulário do curso técnico, por
exemplo, é muito diferente das outras modalidades, bem como os materiais
usados.
Devido à falta de oferta de livros didáticos
de Língua Inglesa para os cursos técnicos em geral que são ofertados pelo
estado do Espírito Santo o professor dessa modalidade assume o papel também de
provedor de materiais e, é ai que a plataforma se torna uma ferramenta que soma
esforços e um trabalho que beneficia o coletivo, ou seja, instituição,
professores e alunos por meio da disseminação de diferentes materiais numa era
tão digital.
A inquietude de trabalhar o tema em questão
nasceu em 2012 quando ingressei nessa modalidade e tive muita dificuldade em
encontrar materiais na internet ou livros para comprar. Depois de muitas
pesquisas pela internet comecei a encontrar livros e apostilas para os
diferentes cursos para os quais lecionei. Os livros foram comprados por mim,
mas ao saber que os professores da área de informática criariam a plataforma
fiquei um pouco mais aliviada quanto à oferta de materiais para os alunos que
muitas vezes têm dificuldade até em pagar a própria passagem.
2.1 OBJETIVO GERAL:
Analisar a necessidade que o
professor de língua inglesa tem de usar a plataforma de ensino para ofertar
materiais pré-selecionados por ele para dar suporte aos alunos do curso técnico
em Comércio exterior.
2.1.1 OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
·
Identificar
os recursos disponíveis na plataforma de ensino;
·
Investigar
qual é o tipo de materiais e atividades oferecidas na plataforma;
· Avaliar a funcionalidade da plataforma por meio de entrevistas/questionários com alunos e professor da disciplina de Língua Inglesa;
· Propor se, necessário uma estratégia metodológica visando à melhoria na oferta de materiais e atividades sugeridas aos alunos do curso em questão.
· Avaliar a funcionalidade da plataforma por meio de entrevistas/questionários com alunos e professor da disciplina de Língua Inglesa;
· Propor se, necessário uma estratégia metodológica visando à melhoria na oferta de materiais e atividades sugeridas aos alunos do curso em questão.
3- JUSTIFICATIVA
Atualmente
estamos em um cenário de mudanças, de tecnologia e de competitividade que
desafiam a qualidade do ensino. Assim, o uso das tecnologias da
informação e comunicação assumem um papel fundamental como fonte de difusão e
produção do conhecimento acadêmico e profissional na sociedade contemporânea.
Ademais, diante das transformações
enfrentadas diariamente, é impossível continuar ensinando da mesma forma depois
de tantas mudanças na sociedade e no cenário educacional. Menezes (1997)
explica que os alunos de hoje não aprendem da mesma maneira que os do passado.
Para ele o conhecimento precisa ser atualizado continuamente e a direção das
escolas e os professores precisam acompanhar tais mudanças e agir para alterar
os meios e procedimentos utilizados no ensino.
Assim como a forma de ensinar
precisa mudar precisamos reconhecer que existem outros tipos de salas que vão
além do espaço físico e que podem ser ferramentas indispensáveis para auxiliar
o docente e o discente no processo ensino-aprendizagem.
Assim sendo, os Ambientes
Virtuais de Aprendizagem (AVA) podem ser considerados os substitutos virtuais
das salas de aula presenciais e ou parceiros, representando um ambiente vital
para construção do conhecimento a partir do compartilhamento e da comunicação.
É importante que este ambiente acompanhe e se aproprie da Tecnologia da
Informação disponível, criando um espaço cada vez mais dinâmico e interativo.
Considerando esta necessidade, faz-se mister o estudo das atuais
ferramentas tecnológicas utilizadas para criação dos AVAs e também das
tecnologias que ainda não estão sendo aplicadas, mas que possuem grande
potencial. O estudo de novas ferramentas tecnológicas proporcionará maior
número de possibilidades para criação, compartilhamento, apresentação e
avaliação do conteúdo nos ambientes virtuais.
Diante destas possibilidades, cada curso poderá ser melhor
modelado para melhor atender às necessidades do aluno.
Porquanto, esta pesquisa
torna-se relevante diante da necessidade de abordar o que são os AVAs, suas
características, as condições e as vantagens do seu uso no âmbito educacional
como apoio em cursos presenciais, onde facilitará a interação entre aluno-
professor e a instituição. É relevante ressaltar que os professores de cursos
técnicos não recebem material didático para lecionarem para os cursos ofertados
pelo estado.
Portanto, por meio de uma
plataforma de ensino o professor pode proporcionar aos alunos materiais que
podem ser acessados por meio do celular ou notebook durante a aula ou no
laboratório de informática da instituição.
Ademais, a pesquisa visa
contribuir com resultados que podem informar a secretaria de educação do estado
sobre a importância de ser implantada uma plataforma de ensino como suporte
para cursos técnicos presenciais, bem como para auxiliar a clientela e
profissionais do ensino médio.
4- REVISÃO TEÓRICA
4.1
CONCEITO DE AMBIENTES VIRTUAIS
O
Ambiente Virtual (AVA) é um software criado sobre metodologia pedagógica com o
objetivo de auxiliar o professor na oferta do ensino-aprendizagem virtual. Esse
aplicativo funciona com a ajuda da internet
auxiliando no desenvolvimento de atividades educacionais, propostas na
modalidade de educação à distância, semi-presencial ou como suporte para
disciplinas presenciais. Oferecem várias tecnologias de comunicação e
informação, permitindo o desenvolvimento de atividade no ritmo, tempo e espaço
de cada usuário, além de monitorar e acompanhar o desempenho dos cursistas.
Pereira (2007,
p. 6) afirma que um ambiente virtual de aprendizagem
consiste em um conjunto de ferramentas eletrônicas voltadas ao
processo ensino-aprendizagem. Os principais componentes incluem sistemas que
podem organizar conteúdos, acompanhar atividades e, fornecer ao estudante
suporte on-line e comunicação eletrônica.
Para Vavassori e Raabe (2003, p. 312), o ambiente virtual de
aprendizagem é
[...] um sistema que reúne uma série de recursos e ferramentas,
permitindo e potencializando sua utilização em atividades de aprendizagem
[...].
Pereira,
Schmitt e Dias (2007, p. 4) afirmam que
os AVAs
[...] consistem em mídias que utilizam o ciberespaço para veicular conteúdos e
permitir interação entre os atores do processo educativo. Porém a qualidade do
processo educativo depende do envolvimento do aprendiz, da proposta pedagógica,
dos materiais veiculados, da estrutura e qualidade de professores, tutores,
monitores e equipe técnica, assim como das ferramentas e recursos tecnológicos
utilizados no ambiente.
Os autores
Pereira, Schmitt e Dias (2007), citados anteriormente, afirmam, também, que é
papel do estudante se envolver de forma que haja qualidade no processo de
ensino-aprendizagem.
Moraes (2002, p.
203) cita uma das vantagens da utilização de um ambiente virtual de
aprendizagem:
Em qualquer situação de aprendizagem, a interação entre os
participantes é de extrema importância. É por meio das interações que se torna
possível a troca de experiências, o estabelecimento de parcerias e a
cooperação.
A diferença
de um ambiente virtual de aprendizagem para o outro ocorre devido à
configuração, manuseio, facilidade de instalação. Não é necessário ser um
especialista para utilizar um AVA ou inserir materiais. Entretanto, é
importante considerar alguns aspectos que conduzirão os estudantes a buscarem
motivação durante os estudos. Para Plaza (1993, p. 81)
[...]
com a interatividade sendo um componente qualitativo das novas tecnologias da comunicação, as funções emotivas,
conotativa, referencial, poética, metalinguística e fática se fazem relativas
ao modelo interativo. A linguagem é trabalhada mais como forma de energia e menos
como sistema estático.
Assim, com o
cenário de grandes mudanças tecnológicas, os ambientes virtuais de aprendizagem
se fundem aos desafios da educação à distância e são usados com diversos
propósitos. Pereira (2007, p. 05) destaca algumas funções dos ambientes
virtuais de aprendizagem
1) o acesso à informação, disponibilização de materiais didáticos,
bem como armazenamento e divulgação de documentos;
2) processos de interatividade, visando às interações síncronas e
assíncronas,
3) o gerenciamento de processos pedagógicos e administrativos;
4) produção de atividades individuais ou colaborativas (em grupo).
O
foco do projeto Moodle é sempre disponibilizar aos educadores as melhores
ferramentas para gerenciar e promover a aprendizagem, mas há muitas maneiras de
se utilizar o Moodle:
O Moodle possui características que lhe
permitem usabilidade em grande escala para centenas de milhares de estudantes,
mas também pode ser usado para uma escola primária ou um entusiasta da
educação;
Muitas instituições utilizam como plataforma
para realização de cursos totalmente on-line, enquanto outros simplesmente usam
como contato em seus cursos (conhecido como blended learning);
Muitos de nossos usuários gostam de usar os
módulos de atividade (como fóruns, wikis e bancos de dados) para construir
comunidades amplamente colaborativas de aprendizagem em torno de seu tema (na
tradição construcionista social), enquanto outros preferem utilizar o Moodle
como um meio de fornecer conteúdo aos alunos (tais como pacotes padrão SCORM) e
avaliar a aprendizagem utilizando tarefas ou testes. (Disponível em:
http://moodle.org/about/. Acesso em 08/08/15)
4.2.1 RECURSOS
DISPONÍVEIS EM UM AMBIENTE VIRTUAL DE APRENDIZAGEM (AVA)
Os
ambientes virtuais de aprendizagem possuem diferentes recursos que podem e
devem ser usados na comunicação dentro e além da sala de aula virtual; em
encontros presenciais; atividades semi-presenciais, oferecendo suporte para a comunicação,
troca de informações e a interação entre os cursistas, professores,
tutores e coordenação.
O conjunto
de recursos ofertados em cada ambiente virtual varia de acordo com os objetivos
definidos em cada ambiente. Gonzales (2005) define as funcionalidades desses
recursos em quatro grupos de ferramentas: de comunicação, coordenação, de
produção dos alunos ou de Cooperação e de Administração.
Conforme
citado anteriormente um desses recursos é o fórum que auxilia na interação
entre os alunos e aluno-professor. É definido como por Alves (2008) como um
sistema de atividades assíncronas, onde diferentes pessoas estão empenhadas
para contribuir na realização de uma tarefa, com uma interface compartilhada,
cujo propósito é possibilitar cooperação, comunicação e coordenação de
atividades coletivas.
O blog é outro recurso
disponível no moodle, definido por Rodrigues (2008, p. 38), “trata-se de
um gênero muito interessante, porque é híbrido, podendo ser fechado (de
controle individual) ou aberto (para produções coletivas), além de apropriar-se
dos recursos expressivos das novas modalidades: links, imagens, hipertexto”.
Já o chat segundo Alves (2009) é a
ferramenta que permite ao professor criar salas interativas, ou seja, de bate
papo. O autor ainda esclarece que por meio dessa ferramenta há interação entre
cursistas e professores.
A wiki surgiu na geração Web 2.0 e
ser para melhorar o processo de aprendizagem, ou seja, permite a troca de
informações e contribuições dos usuários com serviços virtuais e sites. O
participante recebe e fornece informação com a mesma facilidade. Quanto aos questionários podem ser de
múltipla-escolha e auxiliar o professor na coleta de dados.
Surgiu a partir do século XVI com a criação
dos impérios coloniais Europeus, tornando-se uma ferramenta de política
imperialista. O status de riqueza ou pobreza de um país era considerado a
partir da quantidade de ouro e prata que ele tinha e de outros metais
preciosos. Obviamente o império buscava por mais riqueza, mas com menos custo.
Durante os séculos XVII e XVIII foram descobertos pelos dirigentes que o poder
do país poderia aumentar a partir da riqueza que eles alcançassem por meio do
comércio exterior promovido.
De 1868 a 1913 a Grã Bretanha
usou o padrão do ouro que regia o sistema monetário internacional. Os países
que participavam desse sistema representavam suas moedas com uma quantidade
fixa.
Mas o que faz o profissional do
Comércio Exterior? Segundo o site Guia Carreira (http://www.guiadacarreira.com.br/profissao/comercio-exterior/)
o profissional dessa área faz
(...) operações de compra e venda de insumos,
matéria-prima e produtos entre países diferentes. Quando uma empresa brasileira
compra de uma empresa estrangeira, essa operação é chamada de importação.
Quando é a empresa brasileira que vende para outro país, a operação é chamada
de exportação.
Há uma série de regras e leis que devem sem
respeitadas nessas transações comerciais entre países e quem trabalha com
Comércio Exterior deve ter um profundo conhecimento desses procedimentos.
E o mesmo
site (http://www.guiadacarreira.com.br/profissao/comercio-exterior/) ainda
esclarece sobre as possibilidades de atuação desse profissional:
dependendo do setor da economia, do porte da empresa onde ele
trabalha e também de seu cargo e responsabilidades. Normalmente, envolvem o
gerenciamento de operações como:
·
Importação
·
Exportação
·
Transações
cambiais
·
Despacho e
legislação aduaneira
·
Prospecção e
pesquisa de mercados
·
Definição de
planos de ação
·
Negociação e
execução de operações legais
·
Contratos
·
Logística
internacional
·
Controle do fluxo
de embarque e desembarque de produtos
O profissional formado no curso de Comércio Exterior
pode trabalhar em indústrias, comércio, instituições financeiras e
empresas de logística, entre outras, além de ocupar cargos públicos em
secretarias municipais e estaduais, ministérios e órgãos federais.
profissional
dessa área deve ter conhecimentos profundos sobre direito e legislação,
matemática e economia, cotações, números negociações de compra e venda e
contratos.
É
indispensável o conhecimento de outros idiomas, principalmente para acessar
contratos internacionais e outras documentações, bem como negociar com
fornecedores e compradores. Além de saber das estruturas gramaticais é
relevante que esse profissional domine os termos técnicos comerciais e legais.
6. A IMPORTÂNCIA DO
ENSINO DA LÍNGUA INGLESA NO CURSO TÉCNICO EM COMÉRCIO EXTERIOR
Por meio da globalização dos meios de comunicação o ensino sociointerativo da língua inglesa tem sido enfatizado na escola e outros ambientes de ensino.
Ianni (2002, p. 43) esclarece qual é o impacto
que a globalização proporciona nos níveis cultural, econômico, político e
social.
Uma das características do
processo de globalização, que nos interessa destacar, (...) é a transformação
do inglês em língua universal, a língua franca da comunicação, da
comercialização, da arte, da classe governante. No âmbito da sociedade global,
diante das inúmeras possibilidades de comunicação, onde os espaços são
desterritorializados, a língua estrangeira (LE) adquire destaque especial.
De acordo com Krashen (1989), o professor é o
primeiro gerador de input. Para tanto, ele deve ser capaz de proporcionar um
ambiente interessante e amigável, possibilitando ao aprendiz a segurança para
que ocorra a aquisição da língua. “O professor deve orquestrar um número rico
de atividades e materiais, os quais devem estar ligados com as necessidades dos
alunos visando ao interesse do aluno pelo idioma”.
Devido às mudanças que as
sociedades vêm sofrendo, a língua inglesa ganhou status como idioma
internacional e o modelo de economia. Esses motivos respaldam a relevância do
conhecimento de inglês para conseguir uma boa oportunidade e posição no mercado
de trabalho.
Moura Filho
(2005, p. 93-94) esclarece sobre o impacto dessas mudanças no mundo do trabalho
no passado, a inclusão de conhecimento de
inglês nos currículos do (a)s postulantes a um posto de trabalho não era algo
que determinasse a escolha do (a) empregador (a). Atualmente, há uma tendência
cada vez mais delineada de as empresas privilegiarem, no ato da contratação,
candidato (a)s com conhecimentos sistematizados dessa língua estrangeira. Essa
tendência é mais marcada na contratação de altos executivo (a)s, mas não raro,
exige-se o conhecimento dessa língua em funções de níveis básico e médio das
organizações. Em muitos casos, o conhecimento apenas superficial da língua
estrangeira não é suficiente, exige-se a proficiência.
5- METODOLOGIA
A presente pesquisa será realizada na Escola Estadual de Ensino Médio Gomes Cardim, município de Vitória – ES. Participarão da pesquisa 10 alunos cursistas da disciplina de Inglês Instrumental do curso técnico subsequente em comércio exterior, 06 professores do curso, alguns deles são os criadores da plataforma usada pela instituição e a professora de inglês, que também é a pesquisadora.
É relevante traçar a trajetória metodológica
usada, a fim de compreender como se dará todo o processo de investigação. De
acordo com Lakatos e Marconi (2003, p. 106), esses procedimentos são
essenciais, pois
[...]
constituem etapas mais concretas da investigação, com a finalidade mais
restrita em termos de explicação geral dos fenômenos menos abstratos.
Pressupõem uma atitude concreta em relação ao fenômeno e estão limitadas a um
domínio particular.
Esta pesquisa fará uma abordagem
quanti-quali, que para Fonseca (2002, p.20) serve para “a utilização
conjunta da pesquisa qualitativa e quantitativa, permite recolher mais
informações do que se poderia conseguir isoladamente”. Portanto, buscará aprofundar-se na compreensão do conhecimento, bem
como se preocupará com a quantificação dos dados.
Quanto à natureza da pesquisa usaremos a
aplicada, buscando gerar novos conhecimentos. Conforme, Lakatos e Marconi (1990, p.
193)
Na observação sistemática o observador
sabe o que procura e o que carece de importância em determinada situação; deve
ser objetivo, reconhecer possíveis erros e eliminar sua influência sobre o que
vê ou recolhe.
O objetivo escolhido descreverá os fenômenos
da realidade. De acordo com Gil (2002, p. 42) “as pesquisas descritivas têm
como objetivo primordial a descrição das características de determinada
população ou fenômeno ou, então, o estabelecimento de relações entre
variáveis.”
O procedimento adotado será o bibliográfico,
visando levantar informações que fundamente essa pesquisa. Para Fonseca (2002,
p.32) “a pesquisa bibliográfica é feita a partir do levantamento de referências
teóricas já analisadas, e publicadas por meios escritos e eletrônicos, como
livros, artigos científicos, páginas de web sites.”
A amostragem utilizada envolverá doze alunos e professores do curso
técnico em comércio exterior. Tais informações ajudarão o pesquisador a
conhecer melhor o público pesquisado. Marconi & Lakatos (2003, p.
223) esclarecem que “a delimitação do universo consiste em explicitar que
pessoas ou coisas, fenômenos etc. serão pesquisados, enumerando suas
características comuns, como, por exemplo, sexo, faixa etária, organização a
que pertencem, comunidade onde vivem etc.”
Portanto,
será usada uma amostra não probabilística por quotas, que possibilitará dividir
o tipo de população a partir de suas características, e então, escolher as
particularidades, como esclarece Mattar (1996, p.
132).
[...] é aquela em que a seleção dos elementos da população para
compor a amostra depende ao menos em parte do julgamento do pesquisador ou do
entrevistador no campo. A observação sistemática; utiliza-se dos
sentidos na obtenção de determinados aspectos da realidade. Consiste de ver,
ouvir e examinar fatos ou fenômenos em sua volta.
como a técnica de investigação composta por um número
mais ou menos elevado de questões apresentadas por escrito às pessoas, tendo
por objetivo o conhecimento de opiniões, crenças, sentimentos, interesses,
expectativas, situações vivenciadas etc.
Os questionários
dão base a uma pesquisa, conforme afirma Lakatos; Marconi (2010, p. 278), eles ajudam a
conhecer o
significado que o entrevistado dá aos fenômenos e eventos de sua vida
cotidiana, utilizando seus próprios termos.
Segundo
Long (2005) os questionários podem ter questões fechadas e abertas. Onde as perguntas abertas dão um grande
número de informações detalhadas, mas que pode dar trabalho ao serem
interpretados os dados. Porém, as questões fechadas, para Long (2005, p.
38-39), “fornecem informações mais normalizadas e fáceis de quantificar”.
Para tanto, é
relevante a observação que para Marconi & Lakatos (2003, p.222) “não
consiste apenas em ver e ouvir, mas também em examinar fatos ou fenômenos que
se deseja estudar.” Aliás, Lakatos
e Marconi (1990, p. 193) afirmam que
Na
observação sistemática o observador sabe o que procura e o que carece de
importância em determinada situação; deve ser objetivo, reconhecer possíveis
erros e eliminar sua influência sobre o que vê ou recolhe.
6- CRONOGRAMA
É indispensável que os
pesquisadores se organizem para realizar cada etapa de sua pesquisa. Portanto,
é essencial a elaboração de um cronograma. De acordo com Gil (2003, p.155)
“convém definir um cronograma que indique com clareza o tempo de execução
previsto para as diversas fases, bem como os momentos em que estas se
interpõem.”
MES/ETAPAS
|
julho/
2015
|
Ago
|
Set
|
Out
|
Nov
|
Dez
|
Jan
|
Fev
|
Mar
|
Abril
|
Maio
|
Escolha
do tema
|
x
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Levantamento
bibliográfico
|
x
|
x
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Elaboração
do anteprojeto
|
x
|
x
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Apresentação
do projeto
|
|
x
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Coleta
de dados
|
|
x
|
x
|
x
|
|
|
|
|
|
|
|
Análise
dos dados
|
|
|
|
x
|
x
|
x
|
x
|
|
|
|
|
Organização
do roteiro/partes
|
|
|
|
x
|
x
|
x
|
x
|
|
|
|
|
Redação
do trabalho
|
|
|
|
x
|
x
|
x
|
x
|
|
|
|
|
Revisão
e redação final
|
|
|
|
|
|
|
x
|
x
|
X
|
X
|
|
Entrega
da monografia
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
X
|
Defesa
da monografia
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
X
|
7-BIBLIOGRAFIA
ALVES, M.L.N. Caminhos e entraves para o
sucesso de fóruns digitais pedagógicos. Dissertação deMestrado – Programa
de Pós Graduação em Linguística Aplicada da Universidade Estadual de Campinas.
Campinas, SP: 2008.
BRASIL.
Orientações Curriculares para o Ensino Médio – volume 1 – Linguagens,
códigos e suas tecnologias. Brasília, MEC/SEB, 2006.
DIAS, P.;MOREIRA, P.; VALENTE, L. Moodle:
moda, mania ou inovação na formação? In: ALVES, L.; BARROS, D.; OKADA, A. Moodle:
estratégias pedagógicas e estudos de caso. / Organizado por Lynn Alves, Daniela
Barros e Alexandra Okada. - Salvador: EDUNEB, 2009.
FONSECA, J. J. S. Metodologia da pesquisa científica. Fortaleza: UEC, 2002. Apostila.
GIL,
Antônio Carlos. Métodos E Técnicas de Pesquisa Social. 5. ed. São Paulo:
Atlas, 1999.
GONZALES,
Mathias. Fundamentos da Tutoria em
Educação a Distância. São Paulo: Editora Avercamp, 2005.
IANNI,
O. A sociedade global. 10. ed. Rio
de Janeiro: Civilização Brasileira, 2002.
KRASHEN, S. we acquire vocabulary and spelling by
reading: Additional evidence for the input hypothesis. The modern language
journal, 73, 440-464. Winter, 1989.
LONG, M.H. (2005). Methodological issues in learner needs analysis. In Long, M.H.
(Ed). Second language need analysis (pp. 19-76). Cambridge University Press.
LAKATOS,
E.M. e MARCONI, M.A. Fundamentos de Metodologia Científica. 2. ed. São
Paulo: Atlas, 1990.
_________.
19-Lakatos, E.M.; Marconi, M.A. Fundamentos
de Metodologia Científica. 5ª edição. Atlas: São Paulo, 2003.
_________.
LAKATOS, E. M.; MARCONI, M. A. Técnicas
de pesquisa: planejamento e execução de pesquisas, amostragens e técnicas
de pesquisa, elaboração, análise e interpretação de dados. 7. ed. São Paulo:
Atlas, 2008.
MATTAR,
F. Pesquisa de marketing. Ed. Atlas. 1996.
MORAES,
Maria Cândida. Educação à distância:
fundamentos e práticas. Campinas, SP: Unicamp/ Nied, 2002.
MOURA
FILHO, A. C. L. Pelo inglês afora: carreira profissional e autonomia na
aprendizagem de inglês como língua estrangeira. Brasília, 2005. Tese (Doutorado
em Linguística Aplicada). Faculdade de Letras, Universidade Federal de Minas
Gerais, 2005.
PEREIRA,
Alice Cybis; SCHMITT, Valdenise; DIAS, Maria Regina Alvares. Ambientes Virtuais de Aprendizagem. In:
PEREIRA, Alice T. Cybis. (orgs). AVA - Ambientes Virtuais de Aprendizagem em
Diferentes Contextos. Rio de Janeiro: Editora Ciência Moderna Ltda., 2007.
PLAZA,
Julio. As imagens de terceira geração, tecno-poéticas. In: PARENTE, André
(Org.). Imagem Máquina: a era das
tecnologias do virtual. Rio de Janeiro: 34, 1993, 300p.
VAVASSORI,
Fabiane; RAABE, André. Organização de
atividades de aprendizagem utilizando ambientes virtuais: um estudo de
caso. In: SILVA, M. (Org.). Educação online: teorias, práticas, legislação,
formação corporativa. São Paulo: Loyola, 2003. p. 311- 325.
WILLIAMS,
Marion, BURDEN, Robert L. Psicología para professores de idiomas:
enfoque del constructivismo social. Trad. Alejandro Valero. Madrid: Cambridge
University Press, 1999.
COMERCIO
EXTERIOR.
Disponível:
<http://www.guiadacarreira.com.br/profissao/comercio-exterior/>.
Acesso em: 08 ago. 15
MOODLE.
Disponível: <http://www.moodle.org>. Acesso em: 08 ago. 2015.
Nenhum comentário:
Postar um comentário